13 janeiro 2012

Cenas de cinema ao vivo!

O post dessa manhã é bem diferente, mas é uma situação que passei hoje e gostaria de dividir com alguém. Quem já passou pela mesma coisa, conte-nos como se sentiu na hora e depois.

Você já se deparou com uma situação onde não sabia se seguia em frente ou se voltava pra trás ou se abaixava e se escondia?


Acabei de passar por isso há alguns minutos. São coisas que você só vê em uma cidade grande. Será? Não sei se vocês se lembram de um guarda de um banco em São Bernardo do Campo, que atirou em um cliente e o matou dentro da agência?! Minha cunhada trabalha nessa agência e eu fiquei daqui preocupada só querendo saber se ela estava bem. Não deve ser nada fácil né??!!

Mas no meu caso foi diferente. Estou falando de uma perseguição policial. Daquelas que parecem de filme e novela sabem? Pois então.

Estava eu saindo de casa, ainda descendo as escadas do prédio, quando comecei a ouvir sirenes. Aqui a gente já é meio que acostumado a esse tipo de barulho né? Até ai tudo bem. De dentro do prédio vi os carros na rua se afastando e em seguida passou um carro de polícia. Humm, normal, ainda mais para quem mora próximo à entrada da favela (coisa mais normal ainda quando se trata de cidades grandes).

Saí do prédio e comecei a descer a rua, quando de repente, vários carros da polícia foram aparecendo de todos os lados, assim como motos e, a barulheira de sirene ficou ainda maior. Alguns motoristas pararam, outros pareciam não se envolver e seguiram em frente. Pedestres atravessavam correndo, outros paravam para olhar, outros pareciam querer voltar para trás.

É muito estranho isso, mas mesmo sem saber o que está acontecendo, a vontade de voltar pra casa e a curiosidade de ver o final seja ele feliz ou infeliz, ficam brigando na sua casa e você não sabe o que faz. Pelo menos fiquei assim por alguns momentos.

Mais a frente, depois de atravessar a avenida, sempre entro em uma ruazinha e sigo até o ponto de ônibus (aqueles cortes de caminhos que fazemos para evitar passar no mesmo lugar todo dia - medo de quem vem do interior), não sei se os mesmos, ou outros carros e motos da polícia começaram a descer em alta velocidade e entrar em uma outra rua que cortava a que eu estava. Eu, jornalista louca, curiosa e ao mesmo tempo medrosa (sabe que as vezes acho que o medo que nos dá coragem?!), acelerei o passo e corri até a esquina para tentar ver alguma coisa.

Não entendi muito bem se o carro preto que passara correndo na frente tinha alguma coisa a ver, mas, de repente, tiros. Isso mesmo, tiros.Nunca tinha ouvido barulho de tiros assim tão de perto. E o carro preto para bruscamente. E como em filme de ação, uns 5 carros e umas 4 motos cercam o carro com revolveres e outras armas que nem imagino como chamam, apontados para as pessoas dentro do carro.

Será que mataram alguém? Não, atiraram nos pneus do carro. Ufa, ainda bem!

Moradores saem nas janelas assustados, muitos ainda de pijamas, claro, era um pouco mais de 7h da manhã. Um rapaz que descia a rua não sabia se seguia seu caminho ou se voltava, já que o carro preto e os policiais estavam em frente sua casa onde sua mãe dormia sozinha. Mesmo sabendo que não é nada com a gente ou com algum parente, a sensação de impotência é enorme.

Ali, daquela forma onde ninguém sabe de nada, ninguém entende nada, mas todo mundo quer saber de tudo, me chegou a notícia de que os suspeitos que estavam dentro do carro o tinham roubado. E agora, será que é verdade? Qual vai ser o primeiro veículo a noticiar tal fato para que eu possa entender porque me senti uma figurante de filme policial?

Assim, olhando a diante e não tendo mais informação sobre o caso, com medo e vontade de chegar mais perto, mas olhando para o relógio e revendo que a hora de chegar ao trabalho estava cada vez mais se aproximando, segui meu rumo e vim para o trabalho. Afinal, a vida continua né?

Mas vou confessar para vocês: fiquei muito assustada, comecei a transpirar, senti a maquiagem derreter no rosto e as mãos gelarem. Quando ouvi os tiros não sabia de que lado vinha ou para onde ia. É um barulho muito estranho e muito forte.

Ainda bem que tenho medo das coisas, não gostaria de ser tão corajosa assim. Talvez estes que roubaram o carro o fizeram por tão terem o medo que tenho.


É isso aí. Para uma sexta-feira 13, que muitos dizem ser dia de azar, acho que comecei bem né?!!!

Beijo grande a todos e ótimo dia!!!

P.S.: relato de uma simples espectadora, nesse momento, nada de jornalismo por aqui!

4 comentários:

  1. que loucura..eu quase me imaginei no seu lugar.
    ainda mais que ontem eu assisti missão impossivel 4 - protocolo fantasma...
    hahaha...
    enfim, qdo a gnt t an meio bate um desespero mesmo.
    sdd.
    beijao.
    Maria Clara - vizinha - e sim, sou eu mesma do face...hahahaha

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  2. Rá,minha sexta-feira 13 também não começou bem e já começou cheia de emoções logo cedo, ou melhor, de madrugada!

    Um "bonitão" estava brigando com a namorada aos berros e começou a bater nela em frente à minha casa! Acordaram todos os vizinhos que, assim como eu, deviam estar assustados e chocados com a frieza do cara que parecia não se importar com a aproximação das pessoas pedindo para ele parar com aquela violência.

    Só se ouvia os berros e o choro da menina.

    Sabe, por mais que ela tenha agido errado no relacionamento deles, não se justifica tamanha covardia.

    Sinceramente, não sei qual é mais ridículo: ele por praticar esse ato ou ela de se sujeitar a isso, por que quando o pessoal começou a chegar perto do carro em que eles estavam, ele saiu e ela foi com ele sem hesitar.

    Sei que isso tirou o meu sono...por medo, stress pela situação e incompreensão sobre como as pessoas chegam a esse ponto em um relacionamento.

    Temos mais é que agradecer por estarmos bem, pedir a Deus para iluminar essas pessoas e curtir porque, apesar de tudo, é sexta!=)

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  3. Aiii, que medooo!!! Aconteceu algo semelhante comigo, mas quando eu ainda estava no Pará. Fui ao laboratório para fazer exame de sangue, por volta das 07:30, quando entra um rapaz com uma menina no colo dizendo que estava tendo um assalto bem na porta do laboratório e o pior, à mão armada. Foi um desespero tão grande que repensei meus valores e decidi voltar pouco tempo depois para Minas. Vai que acontece de eu não ter a sorte de sair ilesa da próxima vez? Melhor não arriscar rsrsrsr. Livia, espero que o susto já tenha passado. Tenha um escelente dia, porique depois desse episódio não precisa acontecer mais nada né? Mesmo sendo sexta-feira 13 já deu por hoje. rsrs Bjinhosss, Etienne

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  4. aii que sensação horrivel Li!!!! nem sei oq faria nessa situação tb!! a gnt meio q perde a noção, os sentidos, né!? fica sem reação!!!
    Graças a Deus está tudo bem!!!!

    beijinhosssss

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